Quarta Feira, 0
ADRIANA DIAS LOPES
Da Agência Estado - São Paulo
Uma equipe de hematologistas do Hospital São Camilo, em São Paulo, fez um transplante de medula óssea usando uma técnica muito rara na literatura médica brasileira. Em respeito à religião da paciente, uma adolescente de 14 anos, Patrícia, com leucemia que é testemunha de Jeová, não foi feita transfusão de sangue.
Num procedimento desse tipo o risco de não receber sangue é enorme. A medula é justamente o órgão que produz os componentes mais importantes do sangue, como glóbulos vermelhos e plaquetas. Até a nova medula ter suas funções normalizadas depois do transplante, são necessários pelo menos 15 dias. As transfusões são de plaquetas, que são responsáveis pela coagulação sanguínea e glóbulos vermelhos, que têm a função de transportar oxigênio no sangue. Sem os componentes, a chance de o paciente ter sangramentos e anemia profunda é altíssima.
O caso de Patrícia foi parar nas mãos do hematologista Roberto Luiz da Silva, do São Camilo, há um ano. Depois da aprovação da diretoria do hospital, foi decidido que a menina seria transplantada, mas com uma condição: se corresse risco de morte, receberia sangue. "Ele foi o único médico que se comprometeu a se esforçar ao máximo para nos atender", conta Júlio Borba, pai da paciente.
Com crianças, o código de ética médica é claro. "A decisão médica sempre prevalece à vontade dos pais da criança em caso de risco de morte", explica Marco Antônio Becker, primeiro-secretário do Conselho Federal de Medicina.
Com adultos não há consenso. "Nosso código profissional diz que o médico não deve usar tratamento que o adulto não queira, salvo em perigo de vida", diz Becker. "O paciente, por sua vez, não é obrigado a receber tratamento que não queira."
PRÉ-OPERATÓRIO
Patrícia passou por uma preparação especial no pré-operatório. "Ela tomou hormônios para elevar a quantidade de componentes do sangue e entrar no transplante com níveis acima do normal", explica Luiz da Silva.
Para estimular os glóbulos vermelhos, foi dado eritropoietina. Para plaquetas, interleucina. E mais doses altas de ferro e ácido fólico. Os remédios fizeram com que ela começasse o transplante com 214 mil plaquetas. Durante o procedimento, o número caiu para 33 mil. Ela recebeu alta, 35 dias depois, com 72 mil plaquetas. "Em nenhum momento ela correu risco. Mas fiquei praticamente 15 dias sem dormir", lembra o hematologista.
Uma pessoa saudável tem de 150 mil a 500 mil plaquetas. A transfusão é indicada quando a quantidade de plaquetas fica abaixo de 20 mil, o que é muito comum em caso de transplantes de medula. Na maioria dos casos o paciente recebe transfusão durante o transplante e nas duas semanas seguintes.
"Essa técnica com remédios não é usada como rotina em nenhum centro de transplante do mundo", analisa Mair Pedro de Souza, hematologista do Hospital Amaral Carvalho, em Jaú, um dos maiores centros de referências em transplantes do País. "Seria muito interessante que houvesse um protocolo grande (pesquisa clínica) a partir de agora."
SANGUE SAGRADO
O Brasil tem 1,6 milhão de testemunhas de Jeová Para eles o sangue é sagrado e, por isso, não pode haver doação de terceiros.
Herildo Cruz
Comentário do autor do blog.
Manufotos.
O conceito da Biblia em relação ao sangue é:
Levítico 7:26-27
" 'E não deveis comer nenhum sangue em qualquer dos lugares em que morardes,quer seja de ave quer de animal.
Toda a alma que comer qualquer tipo de sangue,esta alma terá de ser decepada doseu povo.'"
Levitico 17:10-14
“‘Quanto a qualquer homem da casa de Israel ou algum residente forasteiro que reside no vosso meio”,
que comer qualquer espécie de sangue,eu certamente porei minha face contra a alma que comer o sangue, e deveras o deceparei dentre seu povo.
Pois a alma da carne está no sangue, e eu mesmo o pus para vós sobre o altar para fazer expiação pelas vossas.
Almas, porque é o sangue que faz expiação pela alma nele.
Foi por isso que eu disse aos filhos de Israel: "Nenhuma alma vossa deve comer sangue e nenhum residente forasteiro que reside no vosso meio deve comer sangue."
“‘Quanto a qualquer homem dos filhos de Israel ou algum residente forasteiro que reside no vosso meio, que caçando apanhe um animal selvático ou uma ave que se possa comer, neste caso tem de derramar seu sangue e cobri-lo com pó”.
Pois a alma de todo tipo de carne é seu sangue pela alma nele. Por conseguinte, eu disse aos filhos de Israel: “Não deveis comer o sangue de qualquer tipo de carne, porque a alma de todo tipo de carne é seu sangue”.
Quem “o comer será decepado da vida.”.
Mas ai poderia argumentar, que numa transfusão de sangue não estamos comendo o sangue e sim tratando o paciente com riscode morte!
Entretanto o corpo humano se alimenta a nível celular e principalmente pelo processo conhecido chamado de respiração celular. Ou seja, tudo que é administrado no corpo humano seja por sonda ou via intravenosa ,ou via mastigação pela boca e ingerido e levado ao estomago, é diluído a nível microscópio e absorvido pelas células e transformado em alimento, e passa a fazer parte do corpo humano, é por isso que quando um corpo humano não pode se alimentar normalmente pela boca, ele é alimentado via sonda ou via intravenosa através das veias do corpo. Portanto com base nesse raciocínio uma transfusão de sangue embora seja uma terapia médica, também é uma forma de alimentar o corpo humano, o que se enquadra na descrição dos textos bíblicos citado acima.
E desta forma qualquer pessoa que se proponha a ser um servo de Deus Dedicado, deve abolir e se abster do uso de sangue. Embora esta pessoa não recuse o tratamento médico em si, mas apenas se restringe ao uso de sangue em seu tratamento, preferindo substituí-lo pelas substâncias que foram acima citadas na reportagem ou soluções salinas ou de ringer e etc..., jamais desejando a morte de seu ente querido, afinal se este ente querido foi levado ao hospital é por que a família lhe quer bem e quer que o mesmo seja tratado, mas sem o uso do sangue. E principalmente neste mundo moderno onde a ciência já desenvolve diversos tipos de tratamentos novos e surpreendentes como as terapias genéticas, células tronco e etc... Não é possível que no nosso país continuamos com tratamentos que remontam a idade média. Parabéns ao profissional médico o "hematologista Roberto Luiz da Silva, do São Camilo" que está provando para o nosso Brasil o que há de melhor e que há muito tempo já se faz lá fora a medicina de primeiro mundo com tratamentos alternativos e cirurgias sem sangue. Seria interessante que muitos profissionais médicos reconhecessem que existe sim tratamentos alternativos que funcionam, e que dão certo.
E segundo pesquisas de fontes confiáveis o tratamento alternativo sem o uso de sangue só traz benefícios ao paciente, sem riscos de contaminações de doenças como as hepatites, doênças sexualmente transmissível e a AIDS, dando ao paciente uma recuperação superior a daqueles que recebem transfusão de sangue. Além de ter um custo baixíssimo para o hospital e os cofres públicos, é evidente que qualquer procedimento médico ou tratamento Pode oferecer riscos a saúde do paciente, mas seria bom que o paciente que é tratado com transfusão de sangue fosse informado dos riscos envolvidos em tal tratamento, como choque anafilático, rejeição natural do corpo a uma substância estranha, e doenças contraídas através de transfusão de sangue, como AIDS, HEPATITES, DOÊNÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS, E A PRÓPRIA MORTE DO PACIENTE DURANTE OU DEPOIS DA TRANSFUSÃO DE SANGUE.
Por isso da próxima vez que for em busca de qualquer tratamento médico se informe antes com o seu médico sobre os riscos envolvidos, e tereis boa saúde para vós.