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sábado, 9 de abril de 2011

Invasão americana no Brasil é Balela diz blog!



Segundo o blog abaixo citado; A noticia da invasão Americana em Roraima é Balela, aos meus leitores,tirem suas próprias conclusões, neste blog é costume se mostrar os dois lado da Moeda ou Noticia.

http://josefontedesantaana.blogspot.com/2011/04/e-balela-carta-polemica-da-doutoranda.html



sexta-feira, 8 de abril de 2011


É balela a carta polêmica da doutoranda sobre o domínio norte-americano em Roraima e Reserva Indígena Raposa Serra do Sol

Placas de Inauguração da ponte

Blog publica resposta à carta polêmica sobre o domínio norte-americano em Roraima e Reserva Indígena Raposa Serra do Sol, que esta circulando por e-mails e Blogs via Internet.  Por no mínimo uma segunda vez e agora, incluindo Belo Monte em seu conteúdo, provavelmente para polemizar a questão mais ainda. Leia abaixo:
Amigos,
     Há algum tempo recebi do meu amigo Parrudinho uma mensagem com o título: “Carta de um Engenheiro”, que teoricamente queria esclarecer a verdade sobre a situação do suposto domínio americano em Roraima. Ele queria saber da veracidade da notícia. Depois, preocupados vários amigos me enviaram a mensagem, dentre eles meu irmão Arnaldo e minha querida Aline. A carta no meio do caminho deixou de ser de um engenheiro e se tornou “Carta de uma Doutoranda”… mas o teor fascista e terrorista se manteve. A todos amigos eu respondi explicando os detalhes das acusações infundadas. Recebi mais uma vez este e-mail e resolvi postar aqui a resposta, que pode esclarecer a verdade para muita gente. Dúvidas? Entrem em contato comigo.
Resposta a “carta da doutoranda"
Abraços, Altamiro
A Ponte no dia da inauguração

Amiga,
esta é mais uma das lendas que circula na internet. Já recebi duas vezes como sendo escrita por um engenheiro e agora vem como escrita por uma doutoranda… ai, ai…
     É impressionante como tem gente que escreve besteira. Infelizmente, por trás de um discurso bem articulado, tem muita baboseira, além de um capitalismo explícito e de indiofobia mais explícita ainda.
     Olha só. O cara começa bem, descrevendo a situação do funcionalismo público de Boa Vista. Faz parecer ter uma visão geral, despida de preconceitos. Aí ele começa a viajar…
     A questão da reserva indígena Waimiri Atroari é parcialmente real. Todo o território no caminho de Manaus para Boa Vista era território destes indígenas, valentes e que responderam ao morticínio dos seus povos da forma que podiam, com atitudes valentes e violentas (para quem defende a expulsão dos indígenas de suas “enormes terras” sugiro a leitura de algum dos livros do Professor Darci Ribeiro, homem acima de qualquer suspeita). Dentro do processo de negociação/expulsão, os índios ficaram com a atual terra. Lógico que quando resolveram fazer uma estrada em seu caminho, algumas concessões foram feitas. Uma é esta: horário controlado. Já passei por lá “fora do horário” e não pude seguir viagem. Apesar disso, não é tão complicado a passagem, pois os ônibus passam sem problemas. O que eles querem é evitar alguém parando em sua terra e ficando para caçar ou qualquer outra atividade, o que considero justo.
     Esta questão dos estrangeiros autorizarem é lenda. Se eles entram mais a vontade, isso eu não posso dizer, mas que a autorização é apenas dos indígenas e da funai, isso é fato. A burocracia da Funai existe em todos locais. Não é fácil entrar, porque as terras indígenas não são pontos turísticos, e sim local de moradia, trabalho e vida destas populações.
     Os indígenas aqui falam diversos idiomas. Além de seu idioma nativo (somente os Macuxi e Wapixana não utilizam quase o idioma próprio, embora esteja sendo reintroduzido), a maioria fala português e outras línguas de povos limítrofes. Além disso, indígenas da região da fronteira com a Guyana naturalmente falam inglês – como os não indígenas também o fazem. Indígenas da fronteira com a Venezuela falam espanhol – como os não indígenas também o fazem. Bandeiras inglesas e americanas em reservas indígenas, nunca ouvi falar e nunca vi. Eu e minha esposa juntos já conhecemos aldeias Tikuna, Matis, Korubo, Marubo, Kanamary, Kaiapó, Xikrim, Yanomami… e nunca vimos nada disso, e nunca ouvimos falar dentre todos nossos muitos amigos que trabalham em aldeias. Nem mesmo aqui, onde tenho contato com gente que trabalha em aldeias Yanomami, Sanumã, Xiriana, Xirixana, Yekuana, Ingarikó, Macuxi, Wapixana, Patamona e Wai Wai.
     Quanto a senhora que vende sucos de frutas na rodoviária de Mucajaí, cidade de menos de 12 mil pessoas, vou ser sincero… Leia a frase…
     ‘Irão não minha filha, tu não sabe, mas tudo aqui já é deles, eles comandam tudo, você não entra em lugar nenhum porque eles não deixam.
     Quando acabar essa guerra aí eles virão pra cá, e vão fazer o que fizeram no Iraque quando determinaram uma faixa para os curdos onde iraquiano não entra, aqui vai ser a mesma coisa’.
     Não quero estar parecendo preconceituoso ou arrogante, mas… Em Brasília, Rio ou São Paulo você imagina uma vendedora ambulante comentando de faixa para curdos? Eles sabem o que é curdo? Posso estar sendo preconceituoso, mas diria “É ruim!”. Quero conhecer esta senhora tão informada… ou para mim vai ser uma lenda maior do que a do ET de Varginha.
     As áreas demarcadas podem ter nome de nação indígena em qualquer lugar, menos no Brasil. Aí o autor que começou light, para parecer despreconceituoso, começou a jogar um veneno, agora pega pesado. Os indígenas possuem Terras Indígenas.
     Os americanos realmente podem construir base na Colõmbia. Queriam construir em Alcântara, Maranhão… Mas daí a imaginarmos o tempo todo uma teoria de conspiração, acho que é exagero. E de qualquer forma, não são os índios que facilitarão ou prejudicarão isto. E com certeza eles não venderão as terras onde vivem, afinal as terras indígenas são da União, tendo eles somente o usufruto. Diferente dos arrozeiros, que querem se arvorar donos de terras da união e que, com certeza não teriam nenhum escrúpulo para vendê-las, dependendo apenas do número de notas colocadas sobre a mesa.
     Quanto a fiscalização nas fronteiras…. Não vi nenhuma fiscalização na fronteira com a Guyana. Nem para brasileiro, nem guyanense, nem para ninguém, simplesmente não há. Já na Venezuela, há muita fiscalização. Fiscalizam brasileiros na Venezuela e venezuelanos no Brasil. Eu vi.
     Agora com a ponte entre Bonfim e Lethem (BR x Guyana) sei que a fiscalização começou e vai se intensificar.
    De resto, realmente tenho muito a lamentar em relação a este povo que não tem mais o que fazer do que inventar terrorismo psicológico. E sim, sou a favor, radicalmente da marcação integral da terra indígena Raposa Serra do Sol. Nada me convencerá do contrário.
Altamiro Vilhena,
Médico morando em Boa Vista, RR desde junho de 2008
Do Blog: Impressões Amazônicas em 19 de janeiro de 2010, quando esta carta circulou pela primeira vez.
ps – O texto que deu origem a esta resposta você pode ver clicando no link abaixo:
http://impressoesamazonicas.wordpress.com/sobre/opinioes/a-realidade-sobre-roraima-pura-balela-a-carta-da-doutoranda/
* Conforme o que vemos noticiado em jornais, revistas, blogs e telejornais, o contexto acima condiz com a realidade. Porém, não nos responsabilizamos, já que não conseguimos entrar em contato com o Dr. Altamiro Vilhena, mas ao menos encontramos vestígios de sua existência.
José Fonte de Santa Ana 
 
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