Primeira edição do programa Latin NCAP avaliou nove modelos, oito deles brasileiros, com resultados nada promissores
A primeira edição do Latin NCAP, programa de segurança de automóveis nos moldes do conceituado Euro NCAP mostrou que os veículos vendidos no Brasil ainda estão longe do padrão de segurança de mercados mais desenvolvidos.
Divulgada nesta segunda-feira, 18, o primeiro crash-teste revelou que mesmo com airbags, as bolsas de ar infláveis, alguns modelos tiveram notas abaixo do esperado em relação a segurança de adultos. Já, se houvesse crianças a bordo desses carros, o resultado seria mais grave ainda.
O pior veículo avaliado foi o chinês Gelly CK, que não é vendido no país. O sedã não obteve nenhuma estrela no teste para adultos e duas estrelas na avaliação do impacto sob crianças. O mais impressionante é que, mesmo não possuindo airbags, o automóvel da Geely traz um dispositivo que desliga o equipamento.
Mas a má notícia foi mesmo o hatch 207, da Peugeot. O compacto recebeu apenas duas estrelas na versão avaliada com airbags. Mesmo com o dispositivo e o cinto de segurança, seus passageiros teriam sofrido ferimentos consideráveis no peito, além de fraturas nos pés causadas pelo deslocamento dos pedais.
Previsto para ser obrigatório a partir de 2014, o airbag ainda não equipa a maior parte dos carros vendidos no país. Não é à toa que os três compactos avaliados, Gol, Palio e 207, todos na versão sem airbag, tiveram os piores resultados no geral, com apenas uma estrela.
Inferior à Europa
Além dos compactos, a minivan Meriva e o sedã Corolla, participaram da primeira edição para servirem de referência em relação às versões produzidas em outros países. A minivan da Chevrolet recebeu três estrelas, uma a menos que a versão produzida pela Opel e avaliada em 2003 pela Euro NCAP.
Já o sedã da Toyota foi o melhor no crash-teste, com quatro estrelas. Mesmo assim, o Corolla nacional ficou atrás do europeu, que recebeu cinco estrelas no teste de adultos e quatro estrelas no de crianças contra apenas uma do Toyota brasileiro.
O iG Carros entrou em contato com as montadoras e a Anfavea e obteve as seguintes respostas até agora:
A Anfavea, associação que reúne as montadoras instaladas no Brasil, salientou que os fabricantes "cumprem integralmente os requisitos legais, observando inclusive as disposições legislativas que regem a matéria", mas que não se pode analisar esses resultados da mesma forma com o que foi feito na Europa "sob pena de realizar-se uma análise equivocada com relação ao desempenho de cada produto".
Já a Peugeot garantiu que "que todos os veículos da Marca comercializados no país são submetidos a rigorosos testes de segurança ativa e passiva durante as diferentes etapas de seu desenvolvimento, respeitando as regulamentações associadas à questão".
A Toyota preferiu não se pronunciar à parte, ressaltando que sua opinião é a comunicada pela Anfavea.
Meriva
Fiat Palio
Geely CK1
Fonte de Matéria: http://carros.ig.com.br/noticias/peugeot+207+e+o+pior+nacional+em+crash-teste/1801.html
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